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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

 


    PODCAST 

ATIVIDADES INTERESSANTES DESENVOLVIDAS PELOS 8ºS ANOS DURANTE A  PANDEMIA

 

TEMA: DIFERENCIAR DISCURSO DIRETO E INDIRETO/PONTUAÇÃO

HABILIDADE; EF35LP30 – comparar discurso direto e indireto observando os verbos de enunciação e a pontuação usada, observando a escrita e a fala.  

Leia o texto abaixo:

 

 

Sinais do tempo

 

Tudo estava pronto para a grande festa anual dos sinais gráficos. A comissão organizadora, formada pelo cifrão ($), pelo e comercial (&) e pelos dois parênteses (( )) tinha decidido que os pontos finais não seriam convidados e, se viessem, não entrariam. “São muito chatos, a todo momento entram na conversa dos outros paralisando as frases, que ficam cortadas, sem sentido”, justificou o cifrão.

Durante a festa, os sinais formavam rodinhas de bate-papo. Alguns alegres, outros tristes. A arroba (@), por exemplo, era de longe a mais feliz entre os convivas. Com a internet, estava sendo utilizada em todo o mundo. “Eu que cheguei a pensar que não mais seria usada para alguma coisa, além do preço do boi na bolsa, eis que a internet me rejuvenesceu”.

O trema (¨), coitado, era só tristeza. Usando sua linguagem erudita, lamentava para a crase. “Estou fenecendo a cada dia solerte amiga. Poucos me utilizam. Os jornais, então, quase todos aboliram-me. E o pior. Às vezes usam-me em cima de outras letras que não o U, em palavras de línguas estrangeiras, principalmente as bárbaras europeias, que não provêm do nosso saudoso latim”. A crase, que também tinha seus problemas, respondeu: “E eu, que quase ninguém sabe usar corretamente”.

A vírgula, trajando vestido roxo e longo, realçando suas formas curvilíneas, comentava com o dois pontos. “Caro colega, é impressionante como tem gente que me usa em excesso, me colocam até entre o sujeito e o verbo. Imagine você, fiquei sabendo de um leitor que ficou asmático depois de ler o livro de um escritor que me usava em profusão”.

A festa continuava. A orquestra tirava de letra as músicas, os convidados dançavam e bebiam. O ponto de exclamação (!), um dos mais esbeltos e elegantes, com seu smoking preto, perguntou à cedilha. “Parabéns por ter vindo desacompanhada do C”. Ela respondeu: “Você continua o mesmo galante de sempre e esta festa é o único lugar em que eu tenho sentido sozinha”.

De repente, na portaria do salão, veio o barulho de um entrevero entre um convidado e o ponto de interrogação (?), responsável pela segurança. “Ponto final não foi convidado, não pode entrar. ”, bradou a interrogação, curvando-se ao baixinho bravo. “Meu amigo, procure entender, eu não sou ponto final. Sou asterisco (*). É que tive a horrível ideia de passar gel nos cabelos”.

 

NUNES, Otávio. Disponível em: <http://migre.me/dj8xs>. Acesso em: 14 mar. 2011.

 


     CONTINUAÇÃO DOS PODCASTS













1. PODCAST. Os PERSONAGENS ( A PONTUAÇÃO), O CENÁRIO ( UMA FESTA)  . Você deverá criar as vozes dos personagens, músicas (pois é uma festa), sons de copos, conversa e risos ao fundo e tudo o mais que possa incrementar a história.